Alentejo, acrílico s/tela, 81X100cm, 2004
(col. José Tarrafa)
Uma débil brisa de Noroeste varre completamente a cidade da Figueira da Foz, dobrando duas palmeiras até ao passeio, onde se aprumam alinhadas e orgulhosas de seus portes altivos e da importância das suas raízes.
Resolvem todavia acabar de vez com aquela estática posição de há uns anos, contemplativa de mais para os seus gostos de palmeiras africanas, ainda com o arrojo e a aventura marcados nos seus genes.
Transplantam-se, e eufóricas, serpenteiam em linha recta até ao Cabo Mondego, onde finalmente respiram aquele ar puro e carregado de cal, acabada de extrair da encosta solarenga da serra e que lhes avivam as seivas.
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