Coimbra, óleo s/tela, 100X100cm, 2005
(col.Mário Mourato)
Diz-me tu ó cidade...
Em que sonhos no teu ventre
guardas
Essas capas de liberdade
Se na revolta da mocidade
Não há cavalos nem espadas.
Diz-me tu ó cidade
Em que desenganos me embalas?
Se adormecendo a saudade,
Lhe vais roubando a eternidade
Que cruelmente me calas!
Diz-me tu ó cidade...
Porque desarrumas meu peito?
Se vence em mim o teu rio,
Que espera que passe um navio
De sonhos e mágoas refeito.
Eduardo Filipe